Paulo B. Wanderley
É difícil obter a credibilidade que se deseja, pois ela não depende do orador, e poucos sabem que este sentimento nasce, cresce e se manifesta através do coração das platéias e dos seus interlocutores. Por outro lado não existe uma preparação formal e consistente de oratória no programa escolar.
“O maior mito sobre a credibilidade é que ela vem do falante”, “Apenas a audiência pode decidir se deseja acreditar no falante.” Estas citações de Ken Severo, professor de comunicação na University of Southern California, estão no livro do consultor americano Malcolm Kushner: Como Falar em Público para DUMMIES, Ed. Campus, 2000. São incontestáveis estas afirmações que comparo àquela que se relaciona à motivação, que diz: “Motivação é uma porta que se abre de dentro para fora”. Cabe perfeitamente “Credibilidade é uma porta que se abre de dentro para fora”. Ninguém pode determinar que um ou mais participantes de uma audiência acredite mais ou acredite menos naquilo que diz um orador, pois credibilidade, assim como confiança, respeito e admiração, se constrói ou se conquista, fazendo o orador a sua parte através do trabalho íntegro, consistente e sistemático junto a esses públicos. Repito que, mesmo o orador fazendo a sua parte, ele não tem garantida a sua credibilidade que se conquistada deve ser regada por uma reputação ilibada.
Por outro lado, se não existe uma preparação formal e consistente de oratória no programa escolar, vamos entender melhor o que é esse trabalho íntegro, consistente e sistemático que o orador deve desenvolver no seu dia-a-dia. Se você está lendo este artigo até aqui não vai ser difícil concordar comigo que a credibilidade é um forte componente da comunicação que vem das platéias em forma de feedback (comunicação em sentido contrário) através da voz corrente. Se o expositor transmitiu idéias com valor agregado, as pessoas manifestarão o seu reconhecimento e agradecimento, o que robustece o orador real que existe em cada um de nós.
Sejam quais forem os seus objetivos falando em público existirá sempre um grande objetivo subliminar: influenciar pessoas. E este só será atingido se o orador estiver preparado e observar os seguintes aspectos:
Concluindo, afirmo que o expositor consciente que a sua credibilidade vem das pessoas que lhe ouvem precisa avaliar suas condições atuais para saber quais os aspectos que são necessários trabalhar ou desenvolver para fazer jus ao reconhecimento das platéias, certo que a lei da colheita nos rege: colhemos aquilo que plantamos, nem mais nem menos, afirma Stephen Covey no livro Os Sete Hábitos das Pessoas Mais Eficazes.